28 de mar. de 2008

Rio terá três hospitais de campanha contra a dengue

Para o secretário Nacional de Atenção à Saúde, José Carvalho de Noronha, essa é a epidemia mais letal que a capital fluminense já enfrentou. "O ministro (da Saúde, José Gomes) Temporão e o Ministério da Defesa pediram que acelerássemos essas medidas porque estamos com um nível de letalidade insuportável", disse Noronha, acrescentando que "já são 50 mortes confirmadas em 30 mil casos de dengue". O número oficial do Estado é de 54 óbitos por dengue de janeiro até anteontem.


Os hospitais de campanha atenderão apenas pacientes encaminhados pelas emergências dos hospitais públicos. "Com isso, esperamos reduzir muito as filas", afirmou o secretário Estadual de Saúde, Sérgio Côrtes. Na Barra da Tijuca, na zona oeste, onde se concentram as taxas de incidência mais altas, a aeronáutica montará um hospital de campanha na sua sede campestre. Os pacientes serão encaminhados pelo Hospital Lourenço Jorge, que fica no mesmo bairro.

Em Nova Iguaçu, os casos suspeitos de dengue do Hospital da Posse irão para o Quartel do Corpo de Bombeiros, onde o atendimento será feito por homens da Marinha. Em Deodoro, na Vila Militar, o Exército montará seu hospital, que será referenciado pelo Hospital Estadual Carlos Chagas.

Outros 500 militares irão se juntar a 1.200 homens do Corpo de Bombeiros no combate ao mosquitos. Eles irão vistoriar residências, acabar com focos e poderão invadir casas abandonadas ou onde não haja autorização do proprietário para a entrada. O governador do Rio, Sergio Cabral Filho, publicou anteontem um decreto no Diário Oficial autorizando, em nome do interesse público, a entrada da Defesa Civil para combater a dengue nas residências, mesmo sem autorização dos moradores. A medida visa principalmente a permitir que os agentes vistoriem imóveis abandonados.

Essas medidas foram anunciadas ontem, logo após a reunião do gabinete de crise - que reúne representantes das três esferas de governo e do Comando Militar do Leste -, criado para enfrentar a epidemia, na sede da Secretaria Estadual de Saúde, no centro do Rio। O secretário municipal de Saúde, Jacob Kliggerman não compareceu. Ele avisou que não conseguiu chegar a tempo porque tinha ido doar sangue para pacientes com suspeita de dengue hemorrágico.

Fonte:Agencia Estado

0 comentários: